ATIVIDADES DIVERSAS CLÁUDIA

25 de jul. de 2012

Atividades LP

Avaliação de Língua Portuguesa
Nome: ______________________________________________________ Data: _____/______/_____

Leia os textos abaixo e responda às questões:
 
ESSA VELHINHA
- Desculpe entrar assim sem pedir licença...
- Doença!
- Não,... quem está doente?
- Mas quem está doente?
- Não – Sorriu o homem -, a senhora entendeu errado.
- Resfriado?
- Ora... quer dizer... bem, eu estava lá fora e ...
- Xi! Catapora?
- Senhora, por favor não confunda...
- Caxumba!!! Cuidado, menino, isso é perigoso... Sabe, sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba.
01. Os pontos de exclamação em Caxumba!!!, exprimem:
(A) Entusiasmo.
(B) Dor.
(C) Espanto.
(D) Tristeza.



DICAS PARA PREVENIR DORES NAS COSTAS
Para não agredir a coluna, é preciso evitar movimentos bruscos, ao levantar pela manhã. Espreguiçar e usar
os braços para suspender o tronco, enquanto apóiam-se os pés no chão, são atividades indicadas.

02.   Essa “dica” aconselha o leitor a evitar:
(A) Andar de tamancos ou chinelos.
(B) Engordar demais.
(C) Levantar-se da cama repentinamente.
(D) Usar colchões muito duros ou macios demais.
A GANSA DOS OVOS DE OURO
(Fábula de Esopo recontada por Ana Maria Machado)
Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma gansa muito especial. De vez em quando, quase todo
dia, ela botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em pouco tempo ele começaram achar que podiam ficar muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora ou a todo momento que eles quisessem.
Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam com tanto ouro.
- Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro
dela um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente precisava.
- Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nós, não
precisa mais da gansa.
- E... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico.
E resolveram matar a gansa para pegar todo o ouro.
Mas dentro não tinha nada diferente das outras gansas que eles já tinham visto – só carne, tripa, gordura...
E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam um ovo de ouro, nunca mais.
03.  A palavra Isso marcada no texto se refere a:
(A) Um pouquinho de tempo de que o casal precisava para cuidar da gansa.
(B) A bobagem de achar que dentro da gansa tinha ouro.
(C) Um modo de produzir ouro.
(D) Uma maneira menos cruel de matar a gansa.

 
04.  O desespero da mãe do Menino Maluquinho se justifica pela:

(A) Pergunta do Menino Maluquinho.
(B) Ação do Menino Maluquinho.
(C) Maldade do Menino Maluquinho.
(D) Distração do Menino Maluquinho.

 PREZADO SENHOR,
A primeira coisa que me vem à cabeça para lhe dizer hoje não é muito original...
No entanto, se estas palavras pecam pela falta de originalidade, não pecam pela falta de sinceridade:
Feliz Aniversário!
 O meu sentimento mais puro é para que você possa realizar, nos anos vindouros, todos os seus projetos
mais caros e preciosos, pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e honesta como você merece.
 Saiba que eu me sinto muito privilegiada por ser subordinada a alguém tão bom e sensível, que não se
vale de hierarquia para humilhar ou ser arrogante com os outros profissionais.
 Por tudo isso que você é, receba os meus mais sinceros votos de felicidade e o meu desejo de que o seu
dia de aniversário transcorra em paz e alegria.
Um Abraço.
Rosângela

05.   Nesse texto, os interlocutores são:
(A) Chefe e funcionária.
(B) Namorado e namorada.
(C) Pai e filho.
(D) Professor e aluno.

RECEITAS DA VOVÓ
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse
prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro,
porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em
determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais
que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu
estou falando).
06.   A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias:

(A) Fazem com que lembremos a nossa infância.
(B) Resgatam nossas tradições familiares ou étnicas.
(C) São as que só nossas mães ou avós conhecem.
(D) São uma parte importante da cultura brasileira.

  

Atividade de Língua Portuguesa23

LIBERDADE

            Deve existir nos homens um sentimento, profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se tem escrito poemas e hinos, a ela se tem levantado estátuas e monumentos, pôr ela se tem até morrido com alegria e felicidade.
            Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a gritavam: “Liberdade!  Liberdade, Igualdade e Fraternidade”; nossos avós cantaram – “Ou ficar a pátria livre / ou morrer pelo Brasil”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade! /abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que o “sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da Pátria...”em certo instante.
            Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposição de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.
            Ser livre – como diria o famoso conselheiro... – é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho.
                                                                      Cecília Meireles


Refletindo sobre o texto
1.     O que significa a palavra liberdade para você?
2.     Explique o segundo parágrafo do texto.
3.     Segundo o texto, o que significa um país livre?
4.     Você acha que o nosso País, o Brasil, é uma nação livre hoje? Por que?
5.     Comente: “Ser livre é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho”.
Aplicando a Gramática
1)    Assinale a alternativa em que as palavras estão em ordem alfabética:
a)    Sentimento, corresponde, liberdade, igualdade, fraternidade.

b)    Corresponde, fraternidade, igualdade, liberdade, sentimento.

2)    Na frase: “Deve existir nos homens um sentimento..., a palavra destacada é:
a) dissílaba                    
b) trissílaba             
c) polissílaba
3)    A palavra que tem encontro vocálico é:
a) fraternidade        
b) poemas           
c) nutridas
4)    A palavra que tem encontro consonantal é:
a) hinos            
b) Pátria               
c) coração
5)    Dígrafo é:
a)    Encontro de 2 letras que representam dois sons.
b)    Encontro de 2 letras que representam um único som.

6)    As palavras que têm dígrafos são:
a) Brasil, Pátria      b) fúlgidos, morrido     c) corresponde, conselheiro.

7)    A última sílaba tônica chama-se:
a) proparoxítona          b) paroxítona          c) oxítona

8)    Assinale a alternativa em que a palavra é paroxítona:
a) fúlgidos                b) disposição            c) liberdade

9)    A palavra “fúlgidos” é:
a) oxítona                  b) paroxítona            c) proparoxítona

10) Assinale a alternativa em que a palavra apresenta ditongo:
a) poemas                b) estátuas                c) condição

11) Assinale a alternativa em que a palavra apresenta hiato:
a) renunciar             b) coração                 c) condição

12) A frase: “... onde não há liberdade, não há pátria...”, é:
a)    Uma frase declarativa negativa.
b)    Uma frase declarativa exclamativa.
13) Assinale a frase em que está correto o feminino de “cavalheiro”:
a)    A amazona ficou assustada.
b)    A dama ficou assustada.

14) Coloque um na frase que está correta no plural:
a)    Diz-se que os homens nasceu livre.
b)    Diz-se que os homens nasceram livres.
c)    Dizem-se que os homens nasceram livres.

15) Coloque um traço na frase que está correta no singular:
a)    Ser livre – como diriam o famoso conselheiro...
b)    Ser livre – como diria o famoso conselheiro...
c)    Ser livres – como diria o famoso conselheiro...

Avaliação de Língua Portuguesa

E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
AVALIAÇÂO DE PORTUGUÊS / 2012                               
ALUNO (A):________________Nº___               SÉRIE:
 PROFESSOR: ____________                           VALOR: _____                                                                         NOTA:   _______                                                           
                                                                                                                                           BOA SORTE!!!
Leia o texto abaixo para, em seguida, responder às questões de 1 a 10.
BRINCADEIRA

Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
— Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
— Como é que você soube?
— Não interessa. Sei de tudo.
— Me faz um favor. Não espalha.
— Vou pensar.
— Por amor de Deus.
— Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
— Sei de tudo.
— Co-como?
— Sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
— Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
— Alguém mais sabe?
Outras se tornavam agressivas:
— Está bem, você sabe. E daí?
— Daí, nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
— Se você contar para alguém, eu...
— Depende de você.
— De mim, como?
— Se você andar na linha, eu não conto.
— Certo.
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
— Eu sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
— Não sei. O que é que você sabe?
— Não se faça de inocente.
— Mas eu realmente não sei.
— Vem com essa.
— Você não sabe de nada.
— Ah, quer dizer que existe alguma coisa para saber, mas eu é que não sei o que é?
— Não existe nada.
— Olha que eu vou espalhar...
— Pode espalhar que é mentira.
— Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
— Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
— Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
— Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
— Aquilo o quê?
— Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
— Você contou para alguém?
— Ainda não.
— Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era enorme.
— Por que eu? — quis saber.
— A posição é de muita responsabilidade — disse o amigo. — Recomendei você.
— Por quê?
— Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos, mas nunca abria a boca para falar de ninguém.
Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
— Sei de tudo.
— Co-como?
— Sei de tudo.
— Tudo o quê?
— Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino.
Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia remota. Os vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que mais se ouvia era a dele, gritando:
— Era brincadeira! Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.(Luis Fernando Verissimo. Comédias da vida privada.)
Vocabulário
discrição: qualidade de discreto, isto é, de algo ou alguém que não chama a atenção, de pessoa que guarda segredo.
gentleman: palavra do inglês que significa “homem fino”, “cavalheiro”.
remoto: distante.

01 - Todo texto narrativo apresenta uma personagem principal, à qual se dá o nome de protagonista. Quando há uma personagem que se opõe às ações e aos interesses do protagonista, ela é chamada de antagonista.
No início do texto, o narrador conta que o protagonista “Descobriu que tinha poder sobre as pessoas”. O que as pessoas temiam?

02 - Que tipo de poder supostamente o protagonista passou a ter?


03 - Impostor é aquele que quer passar pelo que não é. Você diria que o texto narra a história de um impostor? Por quê?


04 - Nós desconhecemos o segredo que as vítimas queriam que fosse guardado. Contudo, qual é o segredo do protagonista?


05 - O texto não revela o nome de nenhuma personagem. Considerando que essa história narra uma trama que joga com informações e poder, haveria algum motivo para o ocultamento do nome das personagens?


06 - Observe a ironia presente nas frases finais do texto:
“as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais”.
Em que consiste essa ironia?
07 - O sentido de um texto resulta não apenas das idéias que ele veicula, mas também da maneira como sua linguagem é organizada. Observe que o texto “Brincadeira” é construído com frases curtas e diretas. Considerando o envolvimento entre as personagens do texto, por que você acha que o autor emprega frases curtas?



08 - As reticências são um sinal de pontuação que pode ter diferentes sentidos, dependendo do contexto
em que são empregadas. Observe estas frases:
“— Se você contar para alguém, eu...”
“— Olha que eu vou espalhar...”
Na 1ª fala, o que você acha que a pessoa iria dizer em seguida?



09 - Na pergunta “— Co-como?”, feita por uma das vítimas, o autor repete uma sílaba procurando imitar
a fala da personagem. O que essa repetição sugere quanto ao seu estado emocional?


10 – O texto de Luis Fernando Veríssimo, lido acima, é predominantemente dramático (desenvolvido em diálogos), porém se faz presente um narrador. A respeito desse narrador é correto a firmar que:
(a) Trata-se de um narrador em 3³ pessoa observador.
(b) Trata-se de um narrador protagonista.
(c ) Trata-se de um narrador personagem
(d) Trata-se de um narrador em 1ª pessoa.
(e) O narrador é o assassino da história.

11 - Agora, considere o seguinte trecho: 
Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado. O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
A) ao médico do Milan.
B) a Cafu.
C) ao doutor José Luiz Runco.
D) ao volante Edu.
E) ao atacante Ricardo Oliveira.
Observe a charge a seguir:
12 –O sentido dessa charge faz-se a partir de um conjunto temático, estrutural e verbal. Sendo assim, a mensagem implícita (escondida) e irônica se constrói principalmente sobre:  (0,5)
(a)  A imagem do político.
(b)  Os óculos, que escondem os olhos do político.
(c)  A marca da roupa do político.
(d)  A mensagem destacada: “Propaganda eleitoral pela internet”.
 (e) A sonoridade da expressão “@masfaz” (arrobamasfaz), que constrói um segundo sentido.

13 – A base para o sentido e o entendimento desta charge está:

(a)  Na nova lei que autoriza a veiculação de propaganda política via e-mail.
(b)  No desenho, visto que é uma publicidade comercial sobre roupas.
(c)  No desenho, visto que é uma publicidade comercial sobre charutos.
(d) Na possibilidade de qualquer pessoa candidatar-se a um cargo político pela internet.
(e)  Na propaganda comercial de um site político da internet.
14 – Agora, observe esta outra charge abaixo:
O sentido dessa charge faz-se, também, a partir de um conjunto temático, estrutural e verbal. Sendo assim, a mensagem implícita (escondida) e irônica se constrói principalmente sobre:  (a) O conjunto: imagem da pizza, o recheio da mesma, e a frase logo abaixo do desenho, que faz referência à impunidade política em nosso país, em que popularmente se diz que: “No Brasil tudo acaba em Pizza”.
 (b) A imagem da pizza, que mostra a intenção comercial da propaganda
 (c) A mensagem “À moda da casa”, que demonstra que os principais problemas do Brasil concentram-se no setor da moradia
 (d) A mensagem “À moda da casa”, que mostra que as pessoas estão muito despreocupadas com o país, preocupando-se somente com o que consomem em suas casas.
(e)  O fato de a pizza estar dentro de uma caixa, que mostra que nossos políticos empacotam todos os nossos problemas.

15 – Discurse sobre qual a relação de proximidade existente entre a charge da questão número 12 e a charge da questão número 14. 

Avaliação de Língua Portug

E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
AVALIAÇÂO DE PORTUGUÊS / 2012                               
ALUNO (A):________________Nº___               SÉRIE:
 PROFESSOR: ____________                           VALOR: _____                                                                         NOTA:   _______                                                           
                                                                                                                                           BOA SORTE!!!
Você leu contos e relatos de jornal. Nos contos prevalece a imaginação, e nos relatos jornalísticos – notícias e reportagens – predomina a intenção de informar.
A crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade. Vamos descobrir como a crônica a seguir desenvolve tudo isso.
CADA PERGUNTA!
            A menina brinca no tapete, parecendo nem ouvir o jornal, mas, quando começa o intervalo, levanta a cabeça.
—Pai, que que é corrupção? O pai e a mãe se olham, o pai suspira, diz bem, corrupção..
—... Não é coisa pra gente da sua idade, né.
Claro que é, diz a mãe:
—Responde direito, que se a criança pergunta, é porque quer resposta.
Bem, pigarreia ele, corrupção é...
—... por  exemplo roubar dinheiro do governo, que é  dinheiro de todo mundo.
—E como é que a corrupção rouba dinheiro do governo?
O pai explica que quem rouba não é a corrupção, é o corrupto, e alguém, ou melhor, é muita gente que rouba o governo.
—Por exemplo, o funcionário que desvia dinheiro do governo. Ou deputado que vendo o voto dele lá no Congresso. Ou um juiz que emprega os parentes deles. Ou o empresário que paga para ganhar concorrência das obras do governo. Ih, filha, tem tanto jeito de roubar o governo, não é, mulher?
 —É, e o seu pai também rouba o que pode quando faz declaração  de imposto de renda.
Volta o telejornal e menina volta a brincar, eles voltam a ver as notícias. Novo intervalo, ela de novo ergue a cabeça. 
—Por que o dólar sempre sobe e o real sempre cai?
O pai suspira fundo, e com voz monótona compara os Estados Unidos e o Brasil às diferenças de colonização, Inglaterra e Portugal, e as diferenças geográficas, climáticas, culturais! Mas a mãe diz que não é por nada disso:
—Acho que é porque eles são um povo menos corrupto, filha.
—Então o povo também é corrupto, mãe?
—E você acha que tinha tanta corrupção se o povo não fosse corrupto?
Você vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por isso mesmo é preciso responder.
            Volta o telejornal, e depois no intervalo a menina volta a perguntar:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
—E só tem tanta corrupção—emenda a mãe—porque tem muita impunidade, ninguém denuncia, entendeu?
Ela de novo volta a brincar, mas antes de mais um intervalo vai até diante da mãe:
—Então você acha que, pra acabar a corrupção, a gente tinha de contar que o pai rouba no imposto?
O pai pula da poltrona:
—Tá vendo?! Criança delatando pai só mesmo na Alemanha nazista! Eu falei que isso não era conversa boa! Mas você e sua educação moderna!...
Sai batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.
—Que que eu falei de errado, mãe?       
—Nada, filha, nada. Mas você faz cada pergunta!..      
01. Releia o que foi dito sobre a crônica no início desta avaliação:
A crônica é um gênero textual em que, geralmente, um fato do cotidiano, verídico ou não, é narrado de forma humorística. Normalmente a crônica tem também a intenção de fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.
Qual é o cotidiano expresso na crônica “Cada pergunta”? Explique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02. Qual é o aspecto humorístico do fato apresentado na crônica?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
03. De acordo com a definição de crônica, esse gênero geralmente tem a intenção de fazer uma critica ao comportamento das pessoas ou à sociedade.

Assinale a (s) provável (eis) crítica (s) que pode (m) ser percebida (s) nesse texto:
(  ) O autor faz uma crítica à falta de educação das crianças que acaba incomodando os adultos.
(  ) O autor faz uma crítica à programação da televisão que não respeita a idade das crianças.
(  ) O autor faz uma crítica ao comportamento contraditório das pessoas que defendem uma idéia e agem de forma contrária ao que defendem.
(  ) O autor faz uma critica à situação do Brasil.
___________________________________________________________________________________________
04. Explique a (s) alternativa (s) escolhida (s) no exercício anterior.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
05. Pelo contexto apresentado, o que “inspira” as perguntas da menina?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
06. Releia o trecho:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
A que tipo de situação essas falas podem estar se referindo?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
07. “Sai batendo a porta, a mãe solta longos suspiros.”
Você concorda com o comportamento dos pais da criança? Explique e argumente para justificar sua opinião.

08. Que uso da língua predomina na crônica: formal ou informal? Explique e justifique.
09. Localize no texto e transcreva dois usos da língua que são próprios da língua falada.


10. No trecho a seguir, localize e transcreva duas expressões em sentido figurado que são utilizadas em linguagem coloquial:


Você vai fundir a cabeça da menina, diz o pai:
—Isso não é conversa pra criança. E, além disso, hem, cada pergunta!
—Por isso mesmo é preciso responder.
            Volta o telejornal, e depois no intervalo a menina volta a perguntar:
—E o que que é impunidade?
—Essa eu mato fácil—o pai esfrega as mãos. —Impunidade é quando você comete um crime e não é preso.
_________________________________________________________________________________________________

11. Uma das características da linguagem mais formal, principalmente escrita, é a de evitar repetições. Reescreva as frases a seguir, substituindo os termos grifados por pronomes pessoais que evitem a repetição e tornem a frase mais formal:
A) Voltam as notícias, a menina volta a brincar, eles voltam a ver as notícias.

B) A menina brinca no tapete. Ao perguntar o que é corrupção, os pais olham a menina e se olham com surpresa.

C) Impunidade é quando você comete um crime e não é preso. O corrupto garante a impunidade pagando a outros corruptos para que não o denunciem.

12. O emprego da palavra gente no lugar de nós é um uso próprio da linguagem coloquial.
Em qual das frases a seguir pode ser identificado esse uso?
(   ) “...não é coisa pra gente da sua idade, né.”
(   ) “O pai explica que quem rouba não é a corrupção, é o corrupto, e alguém, ou melhor, é muita gente que rouba o governo...”
(   ) “Então você acha que, pra acabar a corrupção, a gente tinha de contar que o pai rouba no imposto?”

13. Reescreva a frase escolhida no exercício anterior substituindo a palavra gente por nós. Faça adequações necessárias para torná-las mais formal.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14. O que são palavras homófonas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
15.O que são palavras homógrafas? Forme duas frases para justificar a sua resposta!
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Fale comigo - Cláudia

Nome

E-mail *

Mensagem *